quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Dedilhando o coração (Fevereiro 2008)





Hoje poderia fala de flores.
Do bem estar.
De como é bom ser mulher.
Do viver.

Hoje poderia falar amor, de carinho, de afeto.
De perfume.
Da natureza
Da alma.
Hoje seria o dia perfeito para dizer que o mundo é uma bosta.
De um peito peludo ou não de um homem.

Hoje poderia falar de música erudita, de arte, de sabores. Falar de artesanato, de tinta de cabelo, de boneca inflável, de vibrador. De chuva, de gastronomia, de supermercado, de marcas.
De propaganda, da polifonia das vozes, do trânsito, do teatro, de decoração, de plantas, de esmalte de unhas, de livros, de sonho de valsa sabor morango, de sedução. Ou quem sabe falar de complexidades, de sonhos, devaneios, anseios e percepções. De futebol, de política, de religião.

Hoje poderia falar de carros, de paisangens, de praia, de sorvete, de filmes do Almodóvar, de video game, da neurose de mãe e pai, da saia curta da puta, da tatuagem nova, de Vinicius de Moraes. Poderia falar de guerras, de metereologia, de sabão em pó, de cremes, de pentelho no sabonete, do despertador que toca às seis da manhã, e do mimetismo midiático podre que aflora.

Poderia ficar horas aqui vomitando vagalhões de palavras mal escritas.

Mas não quero.

Hoje não quero falar... (abundância de alegria, sorriso que contagia, leveza que paira no ar)
Apenas sorrir.

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